este dois amavam-se ate aparacer o dinheiro a meio

Um ano após a separação, o casal de Barcelos que em Janeiro de 2007 viu sair-lhes a sorte grande continua sem se entender quanto ao destino dos 15 milhões de euros da discórdia.
Apesar de ter investido quatro dos seis euros do boletim premiado, Luís Ribeiro afirma que só quer metade do prémio, sustentando que, como sempre jogaram juntos, o mais justo é o dinheiro ser dos dois.
Os advogados de Luís Ribeiro, Vasco Cardoso e Tiago Basto, aceitam e apoiam "moralmente" a posição do cliente, embora sustentam que, em termos legais, "ele até tenha direito a mais". Segundo os advogados, o pacto entre os dois namorados configura uma "sociedade irregular", ou seja uma sociedade não formalizada por escrito, o que pressupõe a repartição de dividentos em proporção dos investimentos dos associados.
Este não é, contudo, o entendimento de Cristina e dos pais, primeiros titulares da conta da Caixa de Crédito Agrícola, aberta ainda em nome dos dois ex-namorados, onde se encontram depositados os 15 milhões de euros.
A antiga namorada de Luís reclama a taluda toda, tendo alegado na fase de inquérito da providência cautelar que o dinheiro lhe pertence por inteiro por ter sido ela acertar na chave dos números premiados - 5,13,27,33,42 e as estrelas 2 e 4. Apesar de jogarem num boletim único, registado habitualmente por Luís, Cristina sustenta que apostas das quadrículas eram solitárias e, como tal, cada um receberia os eventuais da sorte.
Esta é uma das alegações que o advogado de Cristina, Miguel Moreira dos Santos, terá de provar em Tribunal, algo que não se afigura fácil dado que tanto a ex-namorada, como a família, acederam a que Luís fosse um dos titulares da conta milionária.
Os advogados de Luís contrapõem que a prova de que o Luís sempre esteve de boa-fé foi ter entregue à namorada o boletim vencedor, além de ter aceite sem condições que tivesse sido o promitente sogro a levantar o cheque da Santa Casa da Misericórdia.